Blog ganha destaque por Políbio Braga

Jornalista Políbio Braga, que edita o blog de política e economia mais respeitado da região Sul do país, postou na íntegra na manhã desta sexta-feira o depoimento de Patrícia Cavalcante, dado ao Blog do PSDB, citando, inclusive, a fonte, como pode ser conferido neste link: http://polibiobraga.blogspot.com/2009/07/patricia-cavalcante-perguntem-no-senado.html

O engajamento de pessoas lúcidas como Políbio Braga à luta pelo prevalecimento da verdade e contra a indústria do boato - gerada pelo que o jornalista chama de "Eixo do Mal" -, através de parcerias com as ferramentas de comunicação do PSDB, é fundamental para que possamos ajudar a governadora Yeda Crusius a implementar as mudanças tão necessárias para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e, por extensão, para que chegue fortalecida em 2010, de modo a ter as melhores chances, frente aos adversários, de dar continuidade ao projeto de transformação do RS em um Estado forte, como já o foi no passado.

Correio do Povo destaca ação do PSDB

Jornal Correio do Povo desta sexta-feira traz nota destacando ação do PSDB de dar publicidade em seu site à entrevista de Marcos Cavalcante, irmão de Marcelo Cavalcante, à rádio Guaíba. O título não é por acaso: PSDB no ataque.

O mesmo está sendo feito neste blog, como parte de uma obrigação do partido em dar luz e visibilidade ao que considera ser a verdade dos fatos. Não é possível aceitar pacificamente que, aos gaúchos, seja empurrada apenas uma versão dos episódios que resultaram na morte de Marcelo, em circunstâncias ainda não esclarecidas

É preciso fazer por merecer o direito de se ter o mesmo espaço na mídia com o qual a oposição tem sido fartamente brindada e o usa para atacar, sem provas e sem responsabilidade, o governo Yeda Crusius, que é também o governo do PSDB.

Com a palavra, Patrícia, esposa de Marcos Cavalcante

Repercutiu muito a publicação, no blog, a entrevista de Marcos Cavalcante à rádio Guaíba, nesta quarta-feira. Pelo teor dos comentários enviados ao blog – a quase totalidade, maledicentes e anônimos –, nota-se que vem sendo leitura obrigatória dos militantes da oposição.

Um dos comentários postados merece ser destacado em uma nota específica por conter elementos a respeito do caso Marcelo Cavalcante e por descrever o irmão Marcos com detalhes que a própria imprensa gaúcha ainda desconhece e que reforçam a tese de que o ex-chefe do Escritório de Representação do RS em Brasília foi assassinado, como defende a família, ao contrário da viúva, Magda Koenigkan, que supõe tratar-se de suicídio.


O depoimento foi escrito por uma nova personagem nessa história, Patrícia, esposa de Marcos, o qual reproduzimos na íntegra, a partir de agora:

“É muito fácil 'anônimos' fazerem comentários tão maldosos... Primeiramente, o sr. Marcos é meu sócio numa rede de lojas há cinco anos, muito bem conceituada em nossa cidade e meu companheiro há quase oito anos! Tem uma ótima remuneração e não precisa de emprego! É muito querido por nossos clientes e parceiros!

Infelizmente para os seus leitores, ele não consome bebida alcoólica já há algum tempo, por motivos de saúde, e quanto ao consumo de drogas, nem comento porque chega a ser ridículo!

Nunca me meti no assunto, pois estamos inaugurando mais uma unidade, mas aqui vão alguns fatos relevantes:

- pode alguém pular de uma ponte, ponto turístico em nossa cidade, por volta das 14h, quando turistas e até mesmo cidadãos brasilienses nadam, pescam, lavam seus carros e tiram fotos, sem ser visto por NINGUÉM?

- este mesmo suicida pode cair de uma altura considerável (vejam fotos da ponte) e mesmo assim sua camisa estar dentro da calça e seus sapatos firmemente em seus pés?

- convenhamos, fatos estranhos... A ponte é monitorada 24h por câmeras de alta definição e zoom de aproximação, porém onde estão as imagens? E não são só estes...

- pode a sra. Magda retirar seu carro do local do "acidente" antes de avisar a polícia?

É por estes e outros motivos que Marcos Cavalcante entrou nessa luta, para descobrir a verdade! A sra. Magda, juntamente com seus amigos, vem constantemente denegrindo a imagem de Marcos Cavalcante. Homem sério trabalhador, sem passagens por tribunais de justiça e órgão de defesa de consumidores.

Quem é Magda? Verifiquem no site do TJDF. Coloquem no Google o nome Marcos Cavalcante. Perguntem no Senado e na Câmara quem é Magda.

Meu comentário vem somente para mostrar o lado do nosso querido e ilibado Marcos, afim de que parem com tamanhas injúrias sobre sua pessoa. As conclusões não são méritos nossos, cada um que tire a sua própria, livre arbítrio, é pra isso que serve."

Promotor do DF pode ouvir Feijó sobre morte de Cavalcante

O Ministério Público do Distrito Federal não descarta ouvir nos próximos dias o vice-governador Paulo Afonso Feijó. A possibilidade foi aberta após o promotor Marcelo Borges ter interrogado o irmão de Marcelo Cavalcante, Marcos Cavalcante. Marcos afirmou ao promotor o que disse esta semana à rádio Guaíba: Marcelo foi vítima de crime político e entre os possíveis suspeitos estariam Feijó, a viúva Magda Koenigkan e o lobista Lair Ferst.

Lair e Feijó por trás da morte de Marcelo Cavalcante?

O jornalismo da rádio Guaíba não se deu por satisfeito com a entrevista de 15 minutos concedida por Marcos Cavalcante a Rogério Mendelski, na manhã desta quarta-feira, e já à tarde apresentou novas falas do irmão do ex-chefe do Escritório de Representação do Governo do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante, morto em fevereiro em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Marcos acredita que o irmão foi assassinado e que o lobista Lair Ferst e o vice-governador Paulo Afonso Feijó podem estar por trás do crime. Confira a seguir o que ele disse à Guaíba, à tarde:

Ellen Braun (apresentadora): O irmão do Marcelo Cavalcante sugere que Paulo Feijó e Lair Ferst podem estar por trás do suposto homicídio do ex-representante do Piratini em Brasília.

Voltaire Porto (Repórter): Conversamos com Marcos Cavalcante e ele deu essas declarações há pouco.

Marcos Cavalcante: Ele não se suicidou, isso a gente afirma, tem uma convicção formada até pelos fatos, pelas contradições e vários depoimentos e no da ex-mulher dele, a Magda. São muitas contradições que levam a crer até na participação dela. O fato do Lair ter se aproximado dela bastante e ela negar isso com veemência, isso também leva a crer que eles estavam agindo juntamente.

VP: O vice-governador em algum momento foi comentando pelo Marcelo Cavalcante, você tem alguma informação do Paulo Feijó?

MC: Paulo Feijó é um cara que surgiu desde o começo do governo com a governadora Yeda e isso também faz com que a gente possa pensar que ele está envolvido também. O Lair e a Magda a gente viu umas contradições das coisas que aconteceram da visita que ele fez no dia a gente não sabe se ele esteve aqui no dia ou se esteve antes e ele voltou na quarta feira no dia que o Marcelo foi enterrado e ai a gente tem que investigar isso ai.

VP: E com relação ao vice-governador?

MC: O vice-governador ele está meio afastado assim, não aparece, mas também já que ele está ressentido com a governadora e aproximação dele com as pessoas que estão do lado da Magda, do Lair, do Adão Paiani.

VP: O senhor se disporia a falar na Assembléia assim como a Magda?

MC: Sim, corretamente, me prontifico.

VP: Só falta o convite?

MC: Sim, correto.

VP: Bom, o convite ele seria por parte da base aliada da bancada tucana. O deputado Coffy Rodrigues manifestou o interesse em convidar familiares de Marcelo Cavalcante, caso Magda realmente viesse a depor aqui na Assembléia, entretanto hoje na rádio Guaíba, Magda diz que não sabe se vem falar a Assembléia e o próprio deputado Paulo Azeredo, que convidou Magda para prestar depoimento na Ouvidoria, também acredita que ela não teria muito a colaborar. Com relação às repercussões das acusações feitas então agora por Marcos Cavalcante, o vice-governador Paulo Feijó, ele disse que só vai se manifestar após manifestação pública de Marcos Cavalcante aqui na rádio Guaíba. Com relação ao Lair Ferst, o advogado dele quem fala, até, inclusive, até uma estratégia da defesa não expor Lair Ferst já que a partir deste momento que não há uma exposição pública dele, ele acaba não sendo vitima de ataques, ele está sendo resguardado nesse momento, não fala quem fala é Lúcio de Constantino. Ele está em uma audiência e não pode atender a rádio Guaíba. Adão Paiani procurado disse que estuda propor algum tipo de medida legal, tomar providencias jurídicas com relação às declarações dadas agora aqui na rádio Guaíba por Marcos Cavalcante.

Ellen Braun (apresentadora): E o vice-governador entrou em contato agora com a nossa produção dizendo que não irá falar e só deverá se pronunciar através do seu advogado sobre as declarações feitas pelo irmão de Marcelo Cavalcante, Marcos Cavalcante, à rádio Guaíba.

Confira o que disse Marcos Cavalcante à TV Record

Embora a imprensa gaúcha tenha sido informada há algum tempo pelo PSDB sobre como entrar em contato com Marcos Cavalcante, irmão do ex-chefe do Escritório de Representação do Governo do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante, até esta terça-feira nenhuma emissora ou jornal havia demonstrado interesse em falar com o brasiliense, como se ele nada tivesse a esclarecer sobre as relações do irmão com o governo ou sobre seus últimos movimentos com relação ao caso Detran. Bem ao contrário da viúva Magda Koenigkan que, bancada por um deputado da oposição, ganhou muito espaço na mídia gaúcha antes mesmo de vir a Porto Alegre, em junho.

Até esta terça-feira.

Ontem, a Rede Record decidiu entrar de cabeça no assunto e ofertou tanto a rádio Guaíba quanto a TV Record para que Marcos dissesse o que sabe. A entrevista de Marcos à Guaíba já foi reproduzida pelo blog. Agora, mostramos o que ele disse na TV (clique para assistir):

Um código de ética para si; outro, para os demais

O PT publicou em seu site oficial o novo código de ética do partido, que proíbe a divulgação de fatos relativos a investigações contra seus filiados e considera "infração ética grave" o vazamento de informações à mídia sem identificação da fonte.

Em 73 artigos, o texto obriga a divulgação periódica na internet da lista de empresas que fazem doações ao partido. Não especifica, porém, sobre que intervalo. Fica proibido ainda arrecadar recursos para outros partidos, como aconteceu no episódio conhecido como mensalão.

O PT decidiu deixar claro o que deveria ser uma obviedade. "É vedada a arrecadação de recursos de qualquer natureza sem a respectiva e obrigatória contabilização do arrecadado, sob pena de configuração de infração ética de natureza grave". Em outras palavras, é proibido fazer caixa 2, como tanto se fez no passado.

Em nenhum dos artigos há qualquer menção sobre fazer o contrário do que prega o código, com relação aos adversários. E como o que não é proibido, é permitido, os petralhas estão liberados para difamar, caluniar e comprometer ilimitadamente a dignidade de quem quer que seja. Começando pela governadora Yeda Crusius e integrantes do governo.

Entrevista: Marcos Cavalcante à rádio Guaíba

O comerciante brasiliense Marcos Cavalcante, irmão do ex-chefe do Escritório de Representação do Rio Grande do Sul em Brasília, Marcelo Cavalcante, morto em fevereiro, falou nesta quarta-feira na rádio Guaíba, no programa Bom Dia, apresentado por Rogério Mendelski. Confira a seguir, ipsis literis, o que ele disse:

Rogério Mendelski (apresentador) - Na linha para conversar conosco, fizemos um contato ontem com ele aí, o Marcos Cavalcante. Quem é o Marcos? Irmão do Marcelo Cavalcante, servidor público do Governo do Estado que apareceu morto em Brasília e a morte dele ainda é uma morte que causa suspeita, não se sabe bem como o Marcelo morreu. O Marcos nunca deu entrevista para emissora de rádio nenhuma, pelo menos é a informação que eu tenho. Fizemos contato com ele e ele se dispôs a conversar conosco. A sua cunhada Magda Koenigkan andou por aqui também, ia depor na AL, não prestou depoimento. Marcos Cavalcante, bom dia.

Marcos Cavalcante - Bom dia, Rogério.

RM - Marcos, eu queria que você nos desse a sua visão, como irmão do Marcelo, você que conviveu com ele. Como que você está vendo toda esta situação envolvendo o nome do seu irmão? Não sei se você suspeita da morte dele, eu queria que você falasse para nós a este respeito.

MC - Nós temos certeza, convicção, de que o Marcelo não cometeu suicídio. Primeiramente eu gostaria de, tem uma pessoa que viu o Marcelo no sábado, no dia que supostamente apareceram três mensagens suicidas, uma pessoa de nome Jaqueline. Ela encontrou com o Marcelo em um bar, à noite, no sábado dia 14 de fevereiro. Eu queria colocar um pouco aqui um pouquinho do depoimento dela na polícia. Ela fala assim: "tinha depoente amiga de infância de Lílian Cristine, a qual foi casada com Marcelo, que após a separação de Lílian e Marcelo, que se deu há muitos anos, não mais encontrou-se com Marcelo. Em um sábado, no mês de fevereiro deste ano, salvo engano, por volta de 20 horas, estava em um bar na Asa Norte, cujo nome não se recorda, podendo no entanto dizer que é um local bem simples, quanto avistou Marcelo. Tendo ambos conversados rapidamente. Que Marcelo não aparentava estar embriagado, tendo conversado amigavelmente com a depoente, falando sobre a filha dele de nome Marcela, que ele diz ter sido muito bem educada por Lilian, que quando avistou Marcelo, o mesmo estava sozinho. Em determinado momento ele sentou em uma roda de pagode e chegou a tocar algum instrumento. A depoente saiu do bar antes de Marcelo, acreditando ter se retirado por volta das 22 horas. Neste dia em questão havia combinado de ir à festa com Lilian e em determinado momento na noite recebeu telefonema dela, que queria confirmar a presença da depoente na citada festa. Quando a depoente comentou que Marcelo estava ingerindo algum tipo de bebida, recordando-se que quando ele veio cumprimentar não segurava copo ou garrafa de bebida. Não aparentava estar contrariado com algum coisa, falou alegremente com a depoente. Que na segunda-feira seguinte recebeu o telefonema da avó de Marcela, filha de Marcelo, que estava chorando e preocupada que o pai estava sumido e que no dia seguinte tomou conhecimento do óbito de Marcelo. Entendeu? E um outro depoimento é do dr. Ricardo Braga, que foi já no domingo. Por que no sábado, o Marcelo já teria recebido supostamente três mensagens suicidas, todas pela manhã. E avisar também que a Marcelinha, filha do meu irmão, ela nunca recebeu nenhuma mensagem suicida do celular de Marcelo, apenas a Magda, a cunhada. Dr. Ricardo Braga, que o depoente nunca percebeu que Marcelo estava acompanhado de alguém, amigo mais próximo. Na data de 15 de fevereiro do corrente ano, entre 12 e 13 horas, aproximadamente, que supostamente ele teria cometido suicídio, o que não foi assim, 15 de fevereiro do corrente ano, entre 12 e 13 horas aproximadamente encontrava-se na mercearia Tigrão, situada na 402 norte, fazendo compras de alimentícios para o almoço. Sendo que em seguida atravessou a rua seguindo para o bar e lanchonete Só Drinks, na 403 norte, em frente ao estabelecimento Tigrão, onde adquiriu um maço de cigarros para sua esposa e uma latinha de cerveja Skol, a qual abriu e começou a ingerir o conteúdo. Quando chegou, Marcelo, a pé, usava óculos escuros, salvo engano, uma camisa esporte, de cor predominantemente branca e listras azuis empalidecidas. Trajando também calça jeans na cor azul, não sabendo precisar se usava tênis. Que o depoente não percebeu se Marcelo estava com o carro dele um Toyota Corolla, que Marcelo estava desacompanhado, não aparentando estava de depressão ou ansiedade. Estando tranqüilo em atitudes normais, que Marcelo disse como vai, dr. Ricardo, sem qualquer mudança de comportamento, ou seja, da mesma forma normal como cumprimentava o depoente. Marcelo comprou naquele estabelecimento uma cerveja lata de Skol e também começou a ingeri-la conversando com o depoente, com Marcelo, né? Dizendo que estava pensando em passar o carnaval, isto é um fato bastante relevante, ouvintes da rádio Guaíba, que o Marcelo no domingo quando ele se encontrou com o dr. Ricardo Braga, ele estava fazendo um plano de carnaval. Dizendo que estava pensando em passar o carnaval no Rio de Janeiro, pois o Prefeito Eduardo Paes o havia convidado para ficar no camarote, mas que estava programando uma viagem. Momento em que foi interrompido por uma ligação telefônica que recebeu no aparelho celular, não sabendo o depoente quem ligou para Marcelo e qual foi o assunto tratado. Sendo que Marcelo se afastou um pouco e depois retornou, não tendo notado qualquer alteração por parte dele. Em seguida o depoente se despediu de Marcelo e voltou para sua residência, que não percebeu qualquer lesão física aparente em Marcelo. Sendo que acredita que se houvesse alguma seria fácil notar, por que Marcelo tinha a pele muito clara. Que salvo o engano na terça-feira seguinte, data de 17 de fevereiro, o depoente recebeu um telefone do proprietário de outro bar, situado na 405 norte, cuja a esposa chama-se Dilma e que eventualmente se encontra no local, comunicando que o corpo de Marcelo havia sido encontrado boiando no Lago Paranoá, sendo que o depoente dr. Ricardo Braga ficou perplexo com tal noticia. Que o depoente havia o encontrado no domingo pela manhã, por volta da hora do almoço, que não conhece a pessoa de Magda, companheira de Marcelo e nunca freqüentou a casa do mesmo. Que ficou surpreso com a noticia, pois pelo último encontro com Marcelo, este nada deixou transparecer em tal sentido". Ta ok, Ricardo?

RM - Rogério. Ricardo Braga é o advogado.

MC - É que a gente está nesse dilema, por que as coisas que Marcelo fez no sábado, quando ele enviou, supostamente três mensagens e no domingo então essas pessoas encontram Marcelo, no sábado, ele estava em um pagode, tocando instrumentos, não aparentava nada, conversando normalmente. E no domingo também uma hora antes do fato, de ele aparecer lá na ponte, também o amigo dele o avistou na ponte. Tá, Rogério, só para ficar bem claro.

RM - É importante, deixa eu ti perguntar outra coisa, Marcos, a senhora Magda Koenigkan disse que você não se relacionava bem com o Marcelo.

MC - Marcelo era meu amigo Íntimo, muito amigo meu. Até antes do Marcelo estabelecer a Magda, a gente costumava fazer algumas viagens, a gente tem um time de futebol, um irmão meu tem um time de futebol, ele participa aí e as vezes a gente viajava pelo interior de Minas, aqui pelas redondezas, aqui por perto. E sempre a gente estava junto. Inclusive no meu aniversário, em junho do ano passado, eu faço aniversário dia 14 de junho, em 2008, sete meses, ele foi no meu aniversário, uma festa surpresa na casa da minha irmã. Chegou lá com a Magda, chegou lá me presenteando. Eu tenho fotos deste encontro, e depois disso várias vezes no aniversário da minha mãe, que foi em outubro, o Marcelo presente, a Magda presente, eu presente. Também tenho fotos deste encontro e éramos ótimos amigos.

RM - Você se dá com a Magda?

MC - Hoje não, antes não tinha problema nenhum, nunca tinha tido nenhum problema. Na véspera da missa de sétimo dia eu fui informado aqui em casa, que a Marcelinha tinha ido se encontrar com a Magda, por que era aniversário do filho da Magda ,do Felipe. Eu aí eu de pronto peguei o telefone e liguei para Marcela, ai falei, Marcelinha, o que você está fazendo aí, a nossa família está de luto, o que você foi fazer aí? Ela meio sem graça, por que tinha sido insistência muito grande da Magda para que ela fosse. Aí a Magda puxou o telefone da Marcela e falou assim, seu retardado o que você está insinuando? Aí desligou o telefone na minha cara. Era véspera da missa de sétimo dia, a partir daí a relação ficou azeda.

RM - Você viria a Porto Alegre participar, convidado, você viria?

MC - Com certeza.

RM - Mas você não foi convidado para vir a Porto Alegre?

MC - Não, ainda não.

RM - Pois é, convidaram a dona Magda, ela andou por aqui já.

MC - Tirar todas essas contradições que apareceram, inclusive da imprensa. Disseram na imprensa que a Marcelinha teria recebido mensagens suicidas, igual eu coloquei no começo do programa, mas ela nunca recebeu. A única destinatária de todas as mensagens de Marcelo, era uma única pessoa, a senhora Magda. E o Marcelo não tinha este hábito de enviar mensagens, eu posso provar é que eu estou com os autos aqui, é que são muitas folhas. Indo aí seria mais fácil, entendeu?

RM - Então a partir deste momento o senhor se coloca a disposição da AL?

MC - Coloco-me, sim.

RM - Basta receber o convite.

MC - Isto, correto.

RM - Olha, Marcos, muito obrigado pela gentileza de ter nos atendido.

MC – Ok, obrigado.

RM - Estamos às ordens aqui também.

MC - Deixa eu te falar. Eu queria, eu até escrevi aqui, coloquei assim, o Marcelo era um cara leal, era um cara fiel. Eu tenho muita vontade de chegar na governadora, olhar nos olhos dela e falar, o Marcelo não está aqui com a gente pelo simples fato de não ter aceito mudar de lado. Isto é uma coisa que me conforta e conforta a minha família. A maior virtude de um homem é o seu caráter, é sua honestidade, é o cara ser íntegro. Infelizmente, o Marcelo foi covardemente apunhalado. São coisas da política suja, da política baixa. O Marcelo jamais aparentou estar deprimido para a família Cavalcante. O Marcelo jamais procurou por psicólogos ou por neurologista. Isto foi plantado no carro dele. Infelizmente a polícia e o Ministério Público não levaram isto em consideração. Eu queria desejar força para a governadora e falar que o Marcelo confidenciava para vários amigos dele que ele iria se candidatar a deputado federal pelo PSDB nas próximas eleições e também falar que todos os seus amigos, todos os seus parentes sabem que o Marcelo não se suicidou. Brasília inteira sabe que Marcelo não se suicidou. Infelizmente a Polícia Civil e o MP do Distrito Federal lutam em sintonia para provar que o Marcelo cometeu suicídio e a gente vai vendo que os indícios não são de suicídio, mas sim de homicídio. Foi divulgado que o Marcelo falou para a filha dele, minha querida sobrinha Marcelinha, que ele teria enviado mensagens suicidas para ela, para a filha dele. E isto é mentira. A única pessoa que recebeu mensagem suicida do celular do Marcelo foi a senhora Magda e que aliás, todos nós temos 100% de certeza que estas mensagens não foram escritas por ele. A Marcela confidenciou para a nossa família que nunca viu o pai dela falar a expressão papai do céu, pois quem tinha este hábito era a senhora Magda. E aí eu vou no inquérito policial, página 124, faixa de saída do telefone de Marcelo, 9126-4817, enviando felicitações para uma pessoa da Bahia. Abre aspas: Parabéns por mais um ano de alegria, amor, mais amigos, pai e que papai do céu continue abençoando. Isto é uma mensagem sem se identificar. Três horas depois esta mensagem foi identificada, acrescentando Magda Koenigkan, Brasília. Isto está no depoimento da Marcela, que eu não pude ler aqui porque é uma coisa meio rápida. Ela costumava ter o hábito de usar o telefone com uma freqüência muito grande e quando eu for aí vai ficar bem fácil de eu esclarecer este tipo de mensagem que a Magda mandava. Está ok, Rogério?

RM – Obrigado, Marcos, pela entrevista. Bom dia.

PT faz propaganda eleitoral descarada com recursos da AL

Ao retornar do recesso parlamentar, os deputados tucanos terão um prato cheio para, de imediato, atacar o comando da Assembleia Legislativa, desde janeiro nas mãos de Ivar Pavan (PT). O petista aguardou o início pausa legislativa para distribuir uma revista com o balanço das atividades da Casa nos primeiros seis meses deste ano, cujo conteúdo é praticamente todo uma imensa propaganda do PT. E o que é pior: paga com recursos públicos.

Pavan figura em 16 fotos da publicação. Onze ministros de Lula aparecem em fotos: Dilma Roussef figura quatro vezes, inclusive na capa, Tarso Genro, duas vezes, e até mesmo o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, tem seu destaque.

Onze deputados do PT, PSB e PCdoB também são brindados com fotos, desde Maria do Rosário, Fabiano Pereira, Raul Pont e até mesmo Manuela D'Ávila, que pertence a outro Parlamento, a Câmara Federal.

Apenas dois integrantes do secretariado de Yeda aparecem na revista: Mônica Leal (Cultura) e José Alberto Wenzel (Casa Civil). O texto não cita em nenhum momento a governadora ou seu secretariado. Mesmo Mônica e Wenzel estão, ali, como meros figurantes.

O expediente da revista revela alguns nomes muito interessantes que comprovam o loteamento petista no setor de comunicação social da Assembléia: os textos da revista ficaram a cargo de Gilmar Eitelwein, jornalista do PT e assessor de Pavan. Já a edição ficou nas mãos de Maristela Pastore, assessora de imprensa da Presidência da Casa.

A direção de jornalismo da AL é de Marcelo Nepomuceno, assessor de imprensa do deputado Fabiano Pereira, para quem Marcelo doou R$ 2.000,00 na campanha de 2006. Já a superintendência de comunicação está nas mãos de Celso Schröder, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas e ex-candidato a vereador pelo PT.

Embora essa revista se configure em um episódio de muita gravidade, não é a primeira vez que a comunicação da AL é denunciada por manipulação de informações. Em junho, a deputada Zilá Breitenbach (PSDB) subiu à Tribuna para alertar que o site estava divulgando matérias com dados distorcidos, ora mentirosos com relação à gestão estadual, ora favoráveis ao PT, com ênfase à capacidade dos parlamentares petistas, inobstante a sistemática recusa em publicar ou dar destaque a notícias produzidas por deputados e bancadas da base aliada.

Cavalcante fala sobre Magda Koenigkan na Guaíba

O comerciante brasiliense Marcos Cavalcante, irmão do ex-chefe do Escritório de Representação do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante, morto em fevereiro, será o entrevistado do programa Bom Dia, apresentado por Rogério Mendelski nesta quarta-feira, na rádio Guaíba.

Na entrevista, Marcos deverá dizer certas “verdades” a respeito da viúva do irmão, Magda Koenigkan, que recentemente andou por Porto Alegre, patrocinada pela oposição, disparando acusações que respingaram no governo do Estado, embora não tenha trazido prova alguma.

Marcos Cavalcante pretende apresentar argumentos para que a ex-cunhada não seja levada a sério.

O programa de Rogério Mendelski começa às 6 horas e pode ser sintonizado na frequência 720 AM.

O truque da propaganda subliminar

Quando um veículo de comunicação se utiliza de propaganda subliminar, em geral o está fazendo com fins escusos. Incutindo discretamente no pensamento das pessoas uma informação tendenciosa, que induz inconscientemente o cérebro a registrar como verdade algo que pode ser completamente absurdo, mas lá no fundo da mente, em algum momento, vai se prestar ao que se propõe.

Nesta terça-feira, o jornal Zero Hora fez uso de propaganda subliminar ao estampar uma manchete de página (a matéria principal) com o subtítulo "Contas no negativo", acima de um texto que falava sobre as tratativas que a governadora Yeda Crusius está fazendo com seu secretariado para redefinir os investimentos para este ano e para 2010. O motivo é a arrecadação de ICMS inferior ao projetado.

A reportagem de ZH fala exatamente isto: que a principal preocupação da governadora, como já foi demonstrado várias vezes, nas últimas semanas, é evitar que o déficit zero seja afetado (ou seja, impedir justamente que as contas voltem ao vermelho). Aposta, para isto, no contingenciamento dos gastos públicos, num primeiro momento, e na redução dos investimentos planejados inicialmente, na ordem de, talvez, 10%.

No entanto, quem passa os olhos sobre os títulos - algo que faz a totalidade dos leitores que não gostam de política (um número substancial) -, a primeira imagem que fica ao olhar rapidamente aquela página é de que as contas do Estado estouraram e o Rio Grande está quebrado, novamente, como estava quando o PSDB assumiu a gestão estadual.

É preciso ficar muito atento a esses pequenos detalhes para não se deixar levar por tais armadilhas.

Vereador tucano presta contas em blog

Vereador tucano Jackson Cabral, de Pinheiro Machado, encontrou um modo interessante de prestar contas à comunidade de como desempenha seu mandato. Criou o “Blog do Cabral”, onde pretende detalhar suas proposições na Câmara, seu dia-a-dia na defesa dos interesses dos pinheirenses e sua opinião sobre a forma como a política é conduzida no município.

O PSDB parabeniza o tucano pela iniciativa e torce para que outros parlamentares tucanos sigam o exemplo de utilizar as ferramentas que estão disponíveis, sem custos, para que não apenas seu trabalho seja mais valorizado, como também, por extensão, o próprio PSDB ganhe ainda mais destaque e espaço no cenário político municipal e gaúcho.

Com a nova legislação eleitoral, que pela primeira vez tolerará a utilização simultânea de blogs, sites, microblogs e outros instrumentos virtuais, em 2010 teremos muito a ganhar com o domínio, desde já, dessas tecnologias.

PSDB convoca militantes para aprimorar o partido

O PSDB começou uma campanha de mobilização nacional para identificar o perfil de todos os filiados e simpatizantes, com vistas à renovação dos rumos do partido. Os tucanos serão instigados a apresentar sugestões e críticas, para o crescimento e aprimoramento do PSDB.

Confira, no vídeo, a mensagem do presidente nacional, senador Sérgio Guerra, convocando a militância a aderir à campanha.

Com a palavra, o prefeito Sanchotene Felice

Prefeito de Uruguaiana, José Francisco Sanchotene Felice, ficou inconformado com a nota redigida pelo jornalista Edgar Lisboa, publicada no Jornal do Comércio, na segunda-feira, com o título "PSDB famélico". A nota falava sobre a desaprovação, pelo Tribunal Regional
Eleitoral, das contas do PSDB de 2004, quando Felice era o presidente estadual do partido.

Em uma manifestação dura, por escrito, o prefeito disse que “em quase 50 anos de vida política-administrativa, pela primeira vez alguém se propõe a jogar-me à execração pública.” Para ele, o jornalista não cumpriu com sua obrigação profissional ao não oportunizar o contraditório.

Sanchotene assegurou que desconhecia a desaprovação das contas, mas salientou que a divergência encontrada pelo TSE refere-se a notas emitidas por dois parlamentares, no valor de R$ 6 mil. Salientou, ainda, que "o erro é formal e sanável".

Por fim, o tucano garantiu que tomará todas as providências no sentido de “corrigir a intenção de macular meu nome”.


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É importante que se saiba que a suspensão, por um ano, do recebimento do fundo partidário - a consequência da não aprovação das contas do partido -, ainda não é definitiva. O departamento jurídico do PSDB estadual já está em contato com o diretório nacional para buscar orientações sobre como melhor embasar um recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral para tentar reverter a decisão.

Uma simples questão de bom senso

Em governos passados, especialmente nas gestões de Olívio Dutra (PT) e Germano Rigotto (PMDB), nunca pareceu haver uma preocupação efetiva com os gastos públicos em combinação com os investimentos, tanto que o Estado acumulou dívidas que chegaram a ultrapassar os R$ 3 bilhões.

A população menos esclarecida tem dificuldades em compreender o que representou e representa, para o governo Yeda Crusius, o ajuste fiscal que culminou com o déficit zero, a quitação da dívida pública, o resgate de compromissos com fornecedores, o pagamento em dia dos salários do funcionalismo.

Os efeitos desse monumental esforço de gestão podem não ser mensuráveis a partir de uma explicação técnica, mas já estão sendo percebidos no maior volume de investimentos da última década. Mais de R$ 1,2 bilhão para melhorar estradas, saúde, educação, segurança.

Não que outros governos não investissem, também, nessas áreas, mas o diferencial é que o faziam de modo inconsequente, sem se preocupar com as contas que seriam cobradas lá na frente, o que gerou o déficit público astronômico agora saneado. Por isso, a dificuldade das pessoas em compreender o porquê de o governo Yeda ser tão espetacular.

Os outros prometiam, até começavam a fazer, mas “penduravam” os débitos, criados com recursos tomados emprestado, e não deixavam isso transparecer para a opinião pública. No popular, “iam fazendo e empurrando as despesas com a barriga”. Deixando a conta para seu sucessor pagar.

Agora, cada passo dado tem a segurança de contar com recursos previamente alocados. E a preocupação da governadora é tanta, para não afetar o equilíbrio alcançado, que diante da queda inesperada de arrecadação,, a partir desta sexta-feira, todo o governo se voltará a rediscutir os investimentos a serem feitos, de modo a não prejudicar o desenvolvimento projetado para o Estado.

O Estado está crescendo como há muito não se via, a economia está próspera, com a recuperação da confiança do empresariado na segurança de uma política estável e num governo que faz o que promete. Yeda não quer recuar. Apesar das dificuldades, a governadora não quer deixar de dar aos gaúchos o que se comprometeu: o Rio Grande, de novo, entre os maiores estados brasileiros.

Um único defeito imperdoável

A falta de habilidade política do presidente do Detran, Sérgio Buchmann, um funcionário de carreira da Secretaria da Fazenda, sem vínculo partidário, pode custar caro a ele – perder o cargo à frente da instituição – , mas seguramente custará ainda mais caro para a governadora Yeda Crusius.

Seria uma semana relativamente tranquila, a passada, como uma trégua não combinada entre oposição e governo, mas então integrantes do próprio governo cometem um deslize político de tal ordem que ainda por esta semana e, seguramente, por mais uns cinco dias, ainda será o assunto de ocasião.

Não precisava.

Que o chefe de Gabinete da governadora Yeda Crusius talvez não deveria ter se envolvido em assuntos policiais, ainda que apenas por presteza, para auxiliar no cumprimento do dever, é fato, foi admitido pelo próprio Ricardo Lied e não representaria maiores conseqüências, se tudo tivesse se limitado a esse gesto.

Mas o que fez o presidente Buchmann foi imperdoável. Ele cometeu três erros gravíssimos em sequência. Primeiro, avisou a imprensa de que seu filho estava preso (segundo ele, para evitar um mal maior: o uso político do fato). Ligou justamente para a Zero Hora, que “quase” não gosta de um escândalo, se for contra o governo.

Posteriormente, quando deveria, então, recolher-se por completo e seguir com sua postura discreta, valou novamente com a imprensa, informando que fora avisado previamente da prisão do filho. Fez pior: entregou de bandeja para Zero Hora um prato quente, o nome do chefe de Gabinete.

Por fim, quando efetivamente ele já deveria ter percebido que falara demais, voltou à carga e soltou o verbo contra Lied, fazendo ilações levianas e irresponsáveis. Se ele houvesse se limitado apenas ao primeiro telefonema (a prisão do filho), já seria de bom tamanho. Tudo o que fez depois atingiu em cheio a governadora, pelas tantas relações que se pode deduzir.

Ocupantes de altos cargos em governos e, em particular, neste governo, não precisam ser indefectíveis, mas há um único defeito, que provoca danos irreparáveis quando se dá à mostra, que nenhum deles pode possuir: a ingenuidade.

As virtudes que faltam a Tarso

Ao longo dos oito anos da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, para se integrar o primeiro escalão era preciso ter idoneidade acima de tudo, conduta ilibada, atitudes transparentes e comportamento exemplar. Havia status em ser ministro de Fernando Henrique.

Já no governo Lula, qualquer um pode se tornar ministro, haja vista quem já passou por lá. Ainda assim, certas pastas de muita visibilidade e importância inquestionável deveriam exigir uma postura serena e exemplo incontestável.

Por isso, nunca, durante o período FHC, se pôde imaginar que um ministro da Justiça tivesse postura incorreta, indigna, repreensível, incoerente. Pois Tarso Genro, o todo-poderoso ministro da Justiça da gestão federal petista, é assim. Obscuro, temido, de intenções escusas.

Neste final de semana, Tarso foi escolhido candidato do PT ao governo gaúcho. O mesmo Tarso a quem a governadora Yeda Crusius não teve receio em atribuir a articulação de mazelas que afligem seu governo, pelas facilidades em manipular a Polícia Federal em seu favor.

Em um governo digno como o de FHC, uma postura como a de Tarso não apenas não seria tolerada, como o cargo lhe seria exigido esta semana, pelo presidente, por conflito de interesses. Lula, ao contrário, reafirma a importância de seu ministro, endossando a carta branca da qual Tarso já usufrui, para utilizar-se da estrutura pública para fins particulares.

O PSDB nacional, assim como outros partidos de oposição ao PT, está pedindo que Tarso tenha hombridade e se retire do governo. Em vão. Se Tarso tivesse hombridade, não teria perdurado tanto tempo no cargo.

Cachoeirenses não se deixam enganar pelo Cpers

Imprensa da Capital foi generosa com o Cpers, neste final de semana, durante realização da Rua da Cidadania, do governo do Estado, em Cachoeira do Sul, no sábado. Foi noticiado que um grupo de professores vaiou e atrapalhou a coordenadora do projeto, Tarsila Crusius, quando esta discursava para cerca de 10 mil pessoas, no centro da cidade. A Brigada Militar teria sido chamada para acalmar os manifestantes, que estavam bastante exaltados, segundo os jornais desta segunda-feira.

Quem esteve lá, no entanto, disse que a situação não foi bem assim. O Cpers estava, de fato raivoso, mas mais exaltados ficaram os cachoeirenses, indignados com a tentativa da entidade de causar tumulto em um evento de utilidade pública, que estava ajudando as pessoas a fazerem carteira de identidade, exames de saúde e até um casamento coletivo para 77 casais.

Segundo testemunhas, a BM foi chamada para impedir que os manifestantes fossem agredidos pela população, que já não tolera mais a agressão gratuita que se faz contra a governadora Yeda Crusius. Pessoas com um mínimo esclarecimento já começam a perceber que o que está em curso, pelo Cpers, é uma tentativa de golpe, de questionar um governo legalmente constituído pela vontade da maioria dos gaúchos, e que está realizando um grande trabalho no sentido de promover o desenvolvimento do Estado, como há várias décadas não se via.

Mas como não é interesse dessa parte da imprensa passar essa idéia, a informação foi divulgada pela metade.

A propaganda de Zero Hora está incompleta

Uma publicidade institucional que a RBS TV veicula, a respeito do jornal Zero Hora, diz, em certo momento que "nós só não podemos criar um fato...". Para a propaganda ficar mais exata, deveria ter sido acrescido à frase "eventualmente, nós distorcemos fatos, interpretamos de modo diverso do que é óbvio, mas jamais inventamos". Aí, sim, ficaria uma descrição correta de como o jornal trata a notícia.

Na edição desta sexta-feira, há um caso emblemático. A notícia é: para facilitar o acesso de investigadores da Polícia Civil à casa do presidente do Detran, Sérgio Buchmann, com a máxima rapidez possível, os policiais, que não ainda não tinham um mandado, pediram ao chefe de Gabinete da governadora, Ricardo Lied, que os ajudasse.

Lied chegou à casa de Buchmann, acompanhado dos policiais, e o comunicou que seu filho seria preso por tráfico de drogas. Até então, todos imaginavam que o rapaz morava com o pai. Diante da negativa, mas já de posse do endereço do jovem, os policiais procederam rapidamente para efetuar a prisão, no local correto.

Esta é a história.

Mas no mundo fantasioso do jornal Zero Hora, o chefe de Gabinete da governadora fora chamado para que fizesse um papel de bom amigo, avisando o pai do jovem, uma alta autoridade do governo do Estado, a tempo de que fosse facilitada a fuga do filho. Uma espécie de tráfico de influência.

A fantasia de ZH não considera que, se os policiais não quisessem prender o traficante (permitindo que fosse avisado com antecedência), teriam ignorado a denúncia anônima que indicou seu nome como estando em posse de grande quantidade de maconha e cocaína. O mais lógico seria o pensamento: "é filho de autoridade, melhor deixar pra lá, pra evitar problemas".

Mas não! Os policiais fizeram valer sua prerrogativa e foram em busca do traficante. Apenas tomaram o cuidado de usar de alguma diplomacia para a abordagem do pai do rapaz, que desfruta de trânsito privilegiado dentro do governo do Estado. Daí, o pedido de ajuda a Lied.

Para quem lê Zero Hora, entretanto, fica quase que a certeza de que o chefe de gabinete da governadora queria, sim, facilitar a fuga do filho do colega de governo. Uma maneira de atirar mais uma crise no colo da governadora, mesmo que não houvesse crise alguma.

Se não há um fato, interpreta-se de um jeito que haja.

Como agia o Cpers, na época do governo do PT

Boletim informativo do Partido da Causa Operária de 2000 que abordava a greve promovida pelo Cpers definiu assim o sentimento de todos os integrantes da esquerda, naquele momento: “Para governar assim não precisamos eleger o PT. Esta é a síntese do pensamento dos professores e dos funcionários da educação no Rio Grande do Sul. E, em breve, de toda a classe operária e a população explorada do estado.”

Durante os governos anteriores à gestão petista no governo do Estado (1999-2002), os professores liderados pelo Cpers eram implacáveis na alegação de que faltava vontade política para se conceder aumentos salariais, até então, a principal bandeira de luta das seguidas manifestações. No governo Britto, por exemplo, a presidente do Cpers, Lúcia Camini, pedia 190% de reposição.

Mas então, veio o governo da Frente Popular, a presidente do Cpers se tornou secretária da Educação, e com ela, veio a desculpa de que não havia recursos em caixa para se conceder o aumento salarial reivindicado pela categoria. Confira a seguir como descrevia o cenário o jornal do PCO:

“Ao fecharmos esta edição, os professores estaduais do Rio Grande do Sul completaram 20 dias de greve, na primeira mobilização dos trabalhadores contra o governo do petista Olívio Dutra.

A principal questão que levamos em conta para a análise do movimento grevista dos professores gaúchos é a posição assumida pelo governo petista de não atender as reivindicações da categoria, reivindicações estas que foram assumidas por Olívio Dutra como propostas de campanha contra o peemedebista Antônio Brito, que durante os quatro anos de seu governo atacou violentamente o magistério com o congelamento dos salários e alterou o Plano de Carreira do magistério.

Olívio Dutra foi apoiado amplamente pelos professores e pelos demais trabalhadores da educação justamente porque comprometeu-se em revogar as medidas de Antônio Brito e atender as reivindicações do magistério.Os professores estaduais, através de seu sindicato, o CPERS, não apresentaram nada de novo após a posse de Olívio Dutra como governador do Estado.

Todas as reivindicações apresentadas pelo sindicato, reivindicações parciais, muito limitadas e que não devolvem o poder de compra dos professores e nem mesmo as condições de trabalho da última década (visto que a reivindicação salarial não recupera, por exemplo, todas as perdas do Plano Real e nem mesmo as condições de trabalho em sala de aula ou nas escolas, que pioraram sensivelmente no último período), já eram conhecidas por toda a população e, o PT comprometeu-se em atendê-las, caso ganhasse a eleição.

Portanto, para responder à pergunta do que mudou da campanha eleitoral nos meses de agosto, setembro e outubro de 1998 para fevereiro e março de 2000, já que as reivindicações são as mesmas, é que agora o PT é governo e não mais aspirante.”

Fracassa mais uma tentativa do PSol

A juíza de Santa Maria Simone Barbizan Fortes indeferiu o pedido feito pelo PSol de bloqueio dos bens da governadora Yeda Crusius, do marido dela, Carlos Crusius, e do ex-secretário Geral de Governo, Delson Martini.

Entre os motivos alegados pela juíza para o indeferimento estão o fato de que nenhum dos três é réu no processo que apura as fraudes cometidas contra o Detran; e que apenas o Ministério Público ou a Polícia Federal poderiam requerer o bloqueio de bens dos três, se fosse o caso.

Com isso, mais uma tentativa covarde do PSol contra pessoas inocentes é deixada de lado.

Covarde porque a deputada federal Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas, ambos lideranças do partido, distribuíram denúncias caluniosas no início do ano contra a governadora e outros tucanos, alegando que apenas assim, em sendo processados, poderiam ter acesso aos autos do processo que corre em segredo de justiça. Mas quando as intimações chegaram, os dois invocaram imunidade parlamentar para escapar de julgamento e punição.

O MSE premeditou cada movimento

Em qualquer outra circunstância, em outro Estado, com outro tipo de imprensa, o assunto desta manhã seria ainda a repercussão pelo anúncio da General Motors, de que investirá US$ 1 bilhão na expansão da montadora gaúcha. Mas não.

O assunto da manhã, que deve se estender por todo o dia, é a truculência protagonizada pela líder do MSE (Movimento dos Sem Educação), Rejane de Oliveira, e de mandaletes de partidos políticos contra a Brigada Militar, para tentar forçar um fato que rendesse boas manchetes. Conseguiram.

A súbita heroína matinal, que foi detida quando tentava impedir a BM de agir (dentro da lei) no sentido de liberar uma via pública interrompida e permitir que os familiares da governadora pudessem seguir com suas vidas, saiu do Palácio da Polícia a tempo de ver sua manifestação fracassar retumbantemente.

Segundo levantamento da própria imprensa engajada na luta pela supervalorização do MSE, não havia mais que 200 pessoas diante do Palácio Piratini, sendo que boa parte dessas foi se socorrer sob a marquise da Assembleia Legislativa quando a chuva apertou.

E é exatamente isto o que seria o manifesto, cujo chamamento foi feito com muita antecedência por meio de outdoors e propagandas de rádio e TV: um fracasso, como de resto têm sido todas as movimentações organizadas pelo Cpers, pelo Fórum dos Servidores, CUT e partidos políticos da oposição raivosa. Ainda mais sob chuva.

Era preciso esperar por um confronto, ainda que para tanto, fosse necessário burlar a lei, desrespeitar os direitos individuais, achincalhar o nome da pessoa física Yeda Crusius, amedrontar sua família. Criar uma situação que não existiria se não estivesse premeditada.

Afinal, era tudo uma questão lógica: protesto diante da casa da governadora é igual a reação da Brigada Militar que, provocada do modo certo, pode gerar algum tipo de conflito. E conflito equivale a manchetes e minutos importantes na imprensa. São as táticas do MSE, que todos conhecem.

Nota oficial do PSDB e da Bancada do Partido na AL

É com profunda tristeza e repúdio que os deputados do PSDB assistiram às ações truculentas protagonizadas no protesto que militantes caracterizados por partidos políticos e alguns sindicalistas realizaram hoje pela manhã em frente a casa da governadora Yeda Crusius. O PSDB não pode acreditar que estas ações de violência tenham a aprovação da maioria do magistério. Continuamos acreditando que a maioria dos professores está junto com o Governo do Estado na busca da melhoria para a Educação do Rio Grande do Sul.

Ações como esta mostram cada vez mais que estes movimentos agem movidos por interesses político-partidários e não a favor de categorias e em benefício do Rio Grande do Sul. Democraticamente, respeitamos toda forma de protesto das categorias de classe. Entretanto, ações de violência descabida como estas, descaracterizam o movimento que, por várias vezes, tem agido de forma irresponsável. Movimento que hoje protagonizou uma pressão moral e psicológica em crianças que precisavam ir para a escola.

Esta não é uma forma legítima de reivindicação. Não é dessa forma que se promove o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Não podemos permitir que movimentações como estas descaracterizem a gestão competente que tem sido demonstrada pela governadora Yeda Crusius.

Deputado Estadual Adilson Troca - Líder da Bancada do PSDB na AL

Deputada Estadual Zilá Breitenbach - Presidente Estadual do PSDB

População é contrária à manifestação dos servidores

Programa Polêmica, da rádio Gaúcha, propôs, nesta quinta-feira, o debate sobre a manifestação diante da casa da governadora Yeda Crusius, pela manhã. A pesquisa interativa perguntou se os ouvintes consideravam certo ou errado o local escolhido para o ato de protesto. O resultado da opinião de mais de três mil ligações foi o seguinte:

Certo – 28,82%
Errado – 71,18%

Quando se perde o respeito, perde-se a razão

Os integrantes e apoiadores do Cpers, que formam a maioria do grupo de servidores públicos que marcou esta quinta-feira como dia de mobilizações, parecem já não fazer mais questão de contar com a simpatia da população. Iniciaram os protestos no começo da manhã diante da casa da governadora Yeda Crusius, localizada em um bairro residencial da zona norte da Capital.

Não se vai questionar o fato de, pelo horário, haver acordado a família da governadora e seus vizinhos, mas o local escolhido atinge pessoas, não instituições ou simbolismos. Atinge seres humanos. Atinge honra e dignidade. Um cenário inapropriado para manifestações. Não por acaso a Brigada Militar retirou os protestantes, ordeiramente. Estavam no lugar errado.

Não houve truculência por parte da BM, como descreveram jornalistas que acompanhavam o movimento. No entanto, meia dúzia de pessoas foi detida, entre estas, a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira. Obviamente, após o fato, a professora veio denunciar improváveis agressões sofridas, como em outras ocasiões já o fizera, ainda que nada se comprovasse.

Aliás, isto, para o Cpers, também não parece ser importante. O principal brado do grupo, ao contrário de tempos passados, quando se exigia melhores condições para a educação, agora tem vocação exclusivamente político-partidária (integrantes do PSOL e do PT engrossam a manifestação). Pede o impeachment da governadora, alegando que já não há mais legitimidade para continuar governando.

Mas, baseado em que fazem tal afirmação? Há provas que contribuem para tal conclusão? Há fatos concretos que levem a esse raciocínio? Óbvio que não. O que há é uma partidarização do que já foi um movimento legítimo e respeitável, no passado, que fazia greve e buscava melhores condições de trabalho. Agora, não. Agora, só há panfletagem golpista, autoritária, sem embasamento legal e sem respaldo popular, apenas de uma minoria radical, que não conhece limites.

Feijó deve estar desesperado, a essa altura

O vice-governador Paulo Afonso Feijó ficou contrariado com o parecer emitido pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) de que ele agira errado ao firmar contrato particular, através de uma empresa sua, e a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Feijó consultara a PGE ainda em 2008, pois não estava totalmente seguro de que, como ente público, poderia prestar consultoria a uma entidade privada. Sobretudo uma universidade que recebe recursos públicos, estaduais e federais.

Pois nesta terça-feira, a Procuradoria disse o que ele não esperava ouvir. Através de seu advogado, que falou a emissoras de rádio nesta quarta, parece que o vice-governador não gostou do que leu. Azar o dele. Se ele esperava que a PGE fosse endossar o que vinham lhe dizendo juristas amigos seus, se deu mal. Como não é do feitio do vice aceitar o contraditório, a esta altura ele deve estar se desesperando, buscando onde se segurar para não cair. Porque se depender do deputado Coffy Rodrigues, Feijó já era.

O investimento da GM e o que não é Guaíba

Em abril de 2009, os gaúchos lamentaram os dez anos que a montadora Ford e suas sistemistas desistiram de se instalar no Rio Grande, desprezadas por um governo de valores baseados em conceitos antigos, como era o de Olívio Dutra e do PT.

Em julho de 2009, os gaúchos recebem a notícia de que a unidade da General Motors localizada em Gravataí receberá investimentos da ordem de R$ 2 bilhões, quase o mesmo que todo o orçamento do governo do Estado para este ano.

De um lado, não é possível saber ao certo o que teria representado para o RS a instalação da Ford em Guaíba. Tem-se uma idéia com base no que a montadora está fazendo em Camaçari, na Bahia (foto), onde se fixou. Além de sua fábrica, também implantou um centro de pesquisas e treinamento e, na esteira, outra dezena de sistemistas acompanham o crescimento da região e, por extensão, de todo o Estado.

De outro lado, Gravataí vê a perspectiva de abertura de cinco mil novos postos de trabalho apenas na montadora da GM, mas que deverão aumentar em pelo menos 30% com a necessidade de suas 17 sistemistas também terem de ampliar sua capacidade de produção.

Os reflexos não param: há a possibilidade de uma nova fábrica de pneus e uma de vidros também agregarem-se ao parque industrial da GM. Com isso, fornecedores de matérias-primas que estão fora de Gravataí verão seus pedidos ampliados, e a roda viva só tende a aumentar.

Enquanto se faz um verdadeiro exercício de criatividade para se calcular a extensão dos reflexos do investimento da General Motors anunciado nesta quarta-feira, não é preciso esforço algum para ter-se a certeza do estrago feito a Guaíba pelo PT de Olívio Dutra. É algo que jamais será esquecido e dificilmente remediado.

Acompanhe a CPI da Petrobras através do blog

Já está no ar o blog sobre a CPI da Petrobras, instalada a partir de requerimento liderado pelo PSDB. A nova ferramenta oferece conteúdo e informação para qualificar a discussão sobre as irregularidades apontadas pelo TCU e Polícia Federal em algumas ações desenvolvidas pela Petrobras. Aberta nesta quarta-feira, a CPI é uma vitória da oposição depois de tantas manobras da base governista para impedir a sua instalação.

Clique aqui para conhecer o blog da CPI.

Reunião do PSDB decide futuro do alto comando

O Diretório Estadual do PSDB, formado por 101 membros, se reúne nesta quarta-feira para discutir a medida a ser adotada no RS a partir da Resolução 003/2009, elaborada pela Executiva Nacional do partido. A resolução prorrogará até 2010 o mandato do atual diretório nacional e sua comissão dirigente.

Foi deixado a critério das agremiações estaduais decidirem se adotam a mesma medida ou optam por realizar nova eleição em outubro, na data regimental originalmente estabelecida. O mandato tem duração de dois anos. A reunião acontecerá a partir das 18h30min, na sede do PSDB, em Porto Alegre.

Goebbels e a Gestapo gaúcha

A governadora Yeda Crusius nominou, neste final de semana, quem ela acredita ser responsável pelo agravamento da campanha difamatória contra ela e seu governo. Ela disse, com todas as letras, que é o ministro da Justiça, Tarso Genro, como chefe da Polícia Federal, quem está por trás das armações. Conta, para isso, com a ajuda da filha, a deputada federal Luciana Genro (PSOL).

Não há como a governadora provar, mas, enfim, o que foi provado até agora, de tudo o que se disse e tem dito dessas infâmias que desde o primeiro ano da gestão estadual?

Nada. Até agora, tudo não passa de especulações, boatos, fofocas, insinuações. Provas concretas, nenhuma. Assim, não há qualquer problema em se acusar o ministro petista de transformar a Polícia Federal em uma "Gestapo", como sugeriu um aliado ao jornal Correio do Povo.

A tática de Goebbels, o ministro da propaganda de Hitler, era exatamente a que se está aplicando no RS.

Zero Hora cometeu uma "barriga"?

Para fechar a semana política, vem da Assembleia Legislativa a informação de que uma carta supostamente assinada pelo lobista Lair Ferst, está circulando pelos gabinetes dos deputados. Nela, o lobista declara que o dossiê apresentado pelo jornal Zero Hora como sendo de sua autoria, publicado na última segunda-feira, é falso!

Magda não parece ser equilibrada

A declaração de Magda Koenigkan à rádio Gaúcha, nesta quinta-feira, de que "quem acusa é o demônio; as pessoas que estão me acusando são endemoniadas", demonstra o quão desequilibrada é essa senhora. Alguém que faz uma afirmação dessas não pode ser levada a sério.

Uma coisa é alguém ser temente a Deus, ter fé, ser apegada a uma religião. Outra, bem diferente, é ser fanática, obcecada. Doente, mesmo.

Que venha a dona Magda depor na Assembleia Legislativa e que, em seguida, seja completamente desmentida pelo ex-cunhado, Marcos Cavalcante, que já disse que ela "costuma mentir" quando está em situação difícil.

A fraude não gruda em Rigotto

É no mínimo estranho o porquê de o PSol pedir o bloqueio do patrimônio do casal Crusius, quando é público e notório que a fraude do Detran começou no final do governo Olívio Dutra (PT) e atingiu maturidade durante todo o governo Germano Rigotto (PMDB). Que o PSol queira proteger o PT, ainda se entende, afinal, é cria do petismo e um dos manda-chuvas, Tarso Genro, é pai da histérica deputada Luciana. Mas por que defender Rigotto?

Imprensa da AL continua sendo instrumentalizada

Apesar dos protestos em plenário da deputada Zilá Breitenbach, a assessoria de comunicação da Assembleia Legislativa continua instrumentalizada para deturpar as notícias e adjetivar negativamente o que se refere ao governo do Estado.

Nesta terça-feira, ao descrever o que se passara em plenário, durante a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a comunicação da Casa começou o texto assim: “. Sob as vaias do público que lotou as galerias do Parlamento, os apoiadores do governo tucano rejeitaram (...)”.

Prossegue o redator, emitindo juízo de valor grave (coisa que o próprio Código de Ética do Jornalismo proíbe), na frase “Os aliados de um governo denunciado por corrupção também disseram não à emenda popular (...)”.

Mais adiante, o texto fala que “O líder petista, deputado Elvino Bohn Gass e os seus colegas de bancada (...) se revezaram na tribuna para condenar a política neoliberal, que sucateia os serviços públicos.”

Segue, garantindo, sem aspas, que o governo do Estado “sucateia a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs).” A imparcialidade é mais extremada quando menciona que “a dívida do Estado com a saúde chega R$ 6 bilhões, considerando os últimos seis anos.”

Por que não considerar os últimos dez anos, quando atingiria também a gestão do petista Olívio Dutra no governo do Estado? Será que o número não seria ainda mais dramático? Ah, claro, porque o “patrão”, o presidente da Assembleia, Ivar Pavan, é do PT...

Coincidência ou intenção?

Poucos notaram, mas nesta segunda-feira aconteceu uma coincidência tão estranha, que dá margem a se pensar que não foi o que pareceu. O jornal Zero Hora não avisara previamente que iria publicar uma suposta confissão do lobista Lair Ferst a respeito de episódios envolvendo diversos nomes da cena política gaúcha. Ninguém sabia que algo assim iria ser veiculado. Foi uma surpresa total. Mas, curiosamente, o PSOL já havia programado para esta mesma segunda uma entrevista coletiva, onde reforçaria os fatos descritos pelo jornal.

Teria sido apenas uma coincidência, mesmo? Ou o PSOL fora avisado com antecedência, para que desse eco às denúncias (que, diga-se, eram requentadas)?

No caso da primeira hipótese, bem, aceitemos que o destino nos pregou uma peça. Mas, se for segunda, o que é mais provável, que motivos teria o grupo RBS para fazê-lo? Talvez, ampliar o eco das denúncias de ZH? Talvez, agravar ainda mais a crise política que, parece, é sua principal motivação?

Isto dá o que pensar.

Que tipo de jornalismo Zero Hora faz?

O suposto depoimento de delação premiada do lobista Lair Ferst que Zero Hora publicou nesta segunda-feira estava em poder do jornal há pelo menos cinco dias. Desde a quarta passada, a jornalista Rosane de Oliveira vinha anunciando que uma bomba estava para estourar sobre o Piratini. Se referia a esse material.

É praxe, no bom jornalismo, ouvir-se os dois lados de um fato, assim, seria justo que ZH concedesse espaço para que as pessoas acusadas pelo lobista tivessem a oportunidade de apresentar o contraditório. E assim foi feito pelo jornal.

Mas apenas no domingo à noite!

Passava das 19 horas de domingo quando os jornalistas de Zero Hora começaram a ligar, se estendendo até por volta das 22h30min. Isso, na véspera de o material ser publicado e já estar devidamente editado.

Óbvio que não conseguiu falar com a maior parte das pessoas. Óbvio que, sem conhecer as denúncias (e sem tempo hábil para tanto), não quisessem falar. Óbvio que todas foram pegas no contrapé, retiradas de seu descanso tarde da noite e acuadas com uma quase chantagem: ou fala conosco ou te jogamos à fogueira.

Assim foi feito. A matéria ocupou quatro páginas do jornal, que já deviam estar editadas e diagramadas há bastante tempo. O espaço dedicado à defesa foi mínimo, não mais que algumas linhas. Mesmo que houvesse conseguido falar com todos os interessados, não mais que outras poucas linhas seriam disponibilizadas. Quase nada ante o escândalo preparado com antecedência.

Apenas para cumprir o que ditam as regras do bom jornalismo: dar a chance de o outro lado se manifestar. Mas não muita chance. Propositadamente, no momento derradeiro, quando um telefone ocupado poderia ser desculpa para dizer que a pessoa não foi encontrada.

Pena que essas coisas a opinião pública não fica sabendo, para entender que tipo de jornalismo Zero Hora faz.

:: Absurdos de Sarney estão virando deboche ::

Eis o que declarou, em patrimônio, o senador José Sarney (PMDB) à Justiça Eleitoral, em 2006:

- Caderneta de poupança, aplicações e conta-corrente no Banco do Brasil: R$ 2.037.810,00

- Cotas do Shopping Jaracaty: R$ 1.050.000,00

- Fundo de investimento, cadernetas de poupança e conta-corrente no Banco Bradesco:
R$ 329.707,00


- Crédito junto à Divitex Construções Ltda; integralização referente a SPC Pericumã:
R$ 300.000,00


- Dinheiro em espécie: R$ 297.000,00

- Fundo de investimento, cadernetas de poupança e conta-corrente no Banco Safra: R$ 200.000,00

- Cadernetas de poupança, aplicações e conta-corrente no Banco HSBC: R$ 98.197,00

- Terreno em Santo Amaro, MA: R$ 60.000,00

- Casa na avenida Carlos Gomes, 920, Nazaré, Macapá, AP: R$ 59.002,00

- Sobrado na rua José Eusébio, 94, São Luis, MA: R$ 45.000,00

- Sete lotes no loteamento Ponta da Areia, São Luis, MA: R$ 41.638,00

- Terreno de 200 hectares de terra nua, Santo Amaro, MA: R$ 30.000,00

- Quatro lotes na rua dos Bicudos e Travessa Periquitos, da Gleba B, Renascer, São Luis, MA:
R$ 27.758,00


- Imóvel na rua do Passeio, Centro, São Luis, MA: R$ 23.595,00

- Terreno em Santo Amaro, MA: R$ 15.000,00

- Terreno de 2,8 mil m², Santo Amaro, MA: R$ 12.000,00

Ele só esqueceu de mencionar, em todas as declarações eleitorais, a mansão onde ele mora, em Brasília, avaliada em R$ 4 milhões, que comprou do banqueiro Joseph Safra em 1997. Segundo justificou sua assessoria ao jornal O Estado de S. Paulo, a culpa foi do técnico que recolhe as informações para a montagem da declaração.

Justamente o (aparentemente) maior patrimônio de Sarney, ele esqueceu.

:: As opiniões temeráveis do presidente Lula ::

As recentes manifestações do presidente Lula estão deixando a sociedade brasileira perplexa. No final de semana, repudiou o golpe protagonizado pelas Forças Armadas ocorrido em Honduras e na terça-feira, declarou que o ditador líbio Muammar Kadafi é “um amigo e um irmão”. Lula faz uma distinção bastante peculiar: golpe civil, como o da Líbia (ou de Cuba), pode. Militar, como o de Honduras, não.

Aos brasileiros, em geral, não interessa quem comanda qual país, sob a forma de regime que seja. Mas é extremamente grave quando seu presidente se manifesta de modo tão paradoxal. Porque dá margem a se pensar que, se algo parecido acontecesse por aqui (uma ditadura imposta pelo desejo “do povo”, teria o aval de alguém como Lula, que admira regimes totalitários. Inobstante a imagem que o presidente vende ao exterior.

Para fins de consumo interno, Lula não deixou por menos e também defendeu a permanência de José Sarney na presidência do Senado, algo que até o próprio PT já havia decidido condenar. Ainda que não tenha havido investigação e julgamento, é evidente que o senador teve alguma ingerência na contratação de boa parte de sua família pelo Senado, através de atos secretos. Não foi uma “gentileza” de seus pares.

Assim, quando o presidente da República, que em passado recente, foi acusado de administrar um dos governos mais corruptos da história do Brasil, sai em defesa de um senador relacionado a improbidade administrativa e tráfico de influência, e ainda pede respeito a quem considera “uma pessoa incomum”, torna-se altamente preocupante, pois sugere que Lula tem simpatia também por quem comete ilícitos.

:: PDT faz, de novo, papel de subalterno do PT ::

O PDT se tornou um capacho do PT. Não bastasse o papel de palanque a que se prestou na CPI do Detran, agora tenta atrasar o inevitável: o depoimento do ex-tesoureiro petista Paulo Salazar, que quer ir à Assembleia Legislativa mostrar as provas que tem, de formação de caixa 2, cobrança de diárias falsas, lavagem de dinheiro e confisco de salários, contra os deputados petistas Raul Pont e Elvino Bohn Gass.

Nesta terça-feira, quando sete votos (a ampla maioria) asseguravam que o parecer do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Paulo Odone, garantiria a ida de Salazar à AL, o deputado trabalhista Adroaldo Loureiro decidiu pedir vistas do processo. A duas semanas do recesso parlamentar. Vai conseguir adiar (mas não impedir) o escândalo para agosto.