:: "Nosso estado não merece tanta mentira e desrespeito" ::

quinta-feira, maio 14, 2009 escrito por: PSDB RS

"Chega. Já deu. Cansei dos ataques mentirosos. Vou inverter o jogo". O aviso foi dado nesta quarta-feira, pela governadora tucana Yeda Crusius, alvo de ataques da oposição desde que assumiu governo do Rio Grande do Sul, em 2007. Em Brasília, ela se reuniu com o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), e com o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE). "Nosso estado não merece tanta mentira e desrespeito. A partir de agora, todas as pessoas ou organizações que me acusam sem provas vão responder perante a Justiça. Em nome do Rio Grande eu não posso deixar que isso passe batido", alertou a tucana, que confirmou a contratação do escritório de advocacia de Eduardo Alckmin para se defender das acusações de caixa dois na campanha. Leia abaixo a entrevista que a governadora concedeu hoje no gabinete de Guerra.

Desde o início de sua gestão a oposição ao seu governo faz acusações contra a senhora e a sua administração, apesar de nada ter sido provado. A senhora poderia explicar o que está acontecendo com o estado?

Vou começar dizendo que o Rio Grande do Sul é um dos estados mais importantes do país e, pela primeira vez, tem um governo tucano. E a nossa gestão respeita leis e tem muita competência naquilo que estávamos mais precisando: colocar as finanças em ordem. Há 37 anos o Rio Grande do Sul fazia déficit. O governo contratava, assumia compromissos, mas não conseguia pagá-los. Aos poucos, o estado começou a ter menos recursos para investir em saúde, educação, segurança, e foi perdendo posição em relação aos demais. Todos os partidos governaram o Rio Grande, mas o déficit só fez aumentar.

A senhora acredita que há uma ação deliberada da oposição para desestabilizar o governo desde o começo de sua gestão?

Desde o começo do governo houve um movimento para negar a vitória eleitoral e que perdura até os dias de hoje. Há três anos o golpismo floresce no Rio Grande do Sul. No primeiro ano enfrentei a operação Rodin, da Polícia Federal, que recaiu sobre a Universidade Santa Maria e suas fundações. Imediatamente no mês seguinte surge a CPI do Detran, que me forneceu uma série de coisas a fazer no meu departamento de estradas e rodagens, e que eu fiz. Em dezembro inicia-se uma nova CPI que me fez sangrar o ano inteiro em cima de uma denúncia sem prova. E é essa denúncia sem prova que vem sempre da mesma fonte, e que em dezembro de 2008 deveria ter terminado.

Por que?

Porque foi quando o Ministério Público do Estado, atendendo a uma representação do PSOL, do PT e do PCdo B investigou a compra da minha casa, que comprei antes de ser governadora. A CPI do Detran dizia que eu tinha pego dinheiro da instituição antes mesmo de assumir o estado. Em dezembro de 2008, o MP comprovou minha idoneidade e a lisura na compra da casa. Isso era para ter acabado, mas em fevereiro, de novo, o PSOL, em uma coletiva, renova a mesma denúncia que tanto a CPI, quanto o Ministério Público, como o Tribunal de Contas já haviam provado que era falsa.

Quem são as fontes dessas denúncias?

Não sabemos, pois não aparece a fonte. O PSOL requenta a história, diz que existem fitas, emails, mas aonde estão eles? O Ministério Público e a Polícia Federal dizem que não têm e que desconhecem a história das fitas. Não há nada. O Rio Grande não merece essa sequência permanente de denúncias infundadas. Vamos falar de investimentos. Sempre que temos boas notícias, os opositores vem com isso. Está muito comum no Brasil fazer denúncia grave em cima de 'provas' que nunca aparecem. Ganha espaço na mídia uma denúncia sem prova e não ganha espaço a prova da lisura. Essa última reportagem da 'Veja' passou dos limites para mim.

Essa foi a gota d'água para a senhora?

Para mim, foi. A carta editorial da Veja coloca como novidade 'o caixa dois do governo Yeda'. Essa é a mesma denúncia sem prova que desde a campanha eleitoral vem se repetindo. Se não houvesse a prova da idoneidade da governadora, da compra da casa, a sombra da dúvida ainda poderia pairar. Mas a prova existe, o Ministério Público registrou, o Tribunal de Contas deu voto individual.

A partir de agora, então, a senhora muda de estratégia?

Resolvi fazer aquilo que compete a uma governadora que vê seu estado ser atacado. Nosso estado está, agora, com suas finanças ajustadas, déficit zero, recebendo investimentos mundiais importantíssimos em todas as áreas, fazendo um super porto, investindo em escola, estrada, hospital, recompondo o efetivo da segurança pública. Enfim, o estado está no melhor de seus momentos. Em dois anos conseguimos fazer a roda andar para frente. Essa campanha contra nossa gestão está claramente caracterizada como golpismo.

O que, afinal, a oposição quer? Falta divulgar alguma coisa?

Tudo já está divulgado. A 'Veja' agora diz que existia uma doação de campanha de empresas produtoras de tabaco. Eu fui na minha prestação de conta e mostrei que está tudo certo, tudo declarado. E ainda disseram que recebemos R$ 400 mil, mas que só registramos R$ 200 mil. Mentira! Contabilizamos R$ 796 mil de doação das fumageiras. E tudo tem recibo. Isso é real. Chegou a hora de inverter o jogo. Vou exigir que esses que cometem crimes de calúnia, denúncias sem provas, respondam perante a Justiça, sejam responsabilizados. Autorizei ser ressarcida dos crimes que estão praticando contra uma gestão que colocou o governo do Rio Grande do Sul nos trilhos financeiros.

Como foi seu encontro com os lideranças nacionais do partido?

Extremamente produtivo. Nosso líder José Aníbal, assim como o presidente Sérgio Guerra, a direção nacional do partido, que conta também com o deputado Cláudio Diaz, sempre me deram apoio irrestrito. Sempre tive total apoio do PSDB nacional e sempre vim nos momentos mais críticos para trazer informação a eles. E, dessa vez, a informação que trouxe foi essa: chega, não dá mais. Agora vamos partir para a resposta jurídica. Trago a Brasília todo o histórico e todas as provas. A de idoneidade na compra da casa, documentos do Ministério Público, do Tribunal de Contas e minha prestação de contas. Fiz um roteiro, ao meu jeito, e todo esse roteiro está aqui à disposição.

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