:: Yeda fala a empresários ::

Convidada a abrir o ciclo de reuniões-almoço Tá na Mesa do ano de 2009, no Palácio do Comércio, nesta quarta-feira (11), a governadora Yeda Crusius fez palestra ao empresariado da Fede-rasul em que apresentou as estratégias dos seus 26 meses de governo, marcados por mudanças estruturais na máquina do Estado, solução de conflitos históricos e grandes conquistas ao Esta-do e sua população. "Zerar o déficit foi condição para o Rio Grande do Sul obter um padrão necessário de desenvolvimento susten-tado e continuado, com inserção internacional", afir-mou.

Ao falar sobre o enfrentamento da crise econômica internacional pelo governo Estado, Yeda referiu-se aos investimentos de RS R$ 3,240 bilhões previstos no Orçamento 2009. "Vamos fomentar para que se criem 80 mil empregos neste ano", reforçou a governadora, que foi elogiada durante saudação feita pelo presidente da Federasul, José Paulo Cairolli - presenteado por ela com um exemplar do livro Primeira Missa no Brasil - O Renascimento de uma Pintura.
Do total de R$ 3,240 bilhões a ser aplicado pelo Estado em 2009, segundo detalhou a governadora, R$ 1,250 bilhão serão investidos pelas secretarias e R$ 1,120 bilhão, pelas estatais. O restante corresponde a pagamento de precatórios (R$ 200 milhões), cumprimento de leis salariais (R$ 165 milhões), Consulta Popular (R$ 130 milhões), matriz de vencimentos da Segurança Pública (R$ 125 milhões), desoneração tributária do Novo Simples Gaúcho (R$ 100 milhões), reformas em escolas (R$ 90 milhões) e repasses aos municípios na melhoria dos indicadores sociais (R$ 60 milhões).

Anfitrião do evento, Cairolli reiterou a disposição da Federasul em colaborar e dialogar com o governo, e elogiou as conquistas do Estado. "A saúde fiscal do setor público é hoje muito melhor, superado o quadro de um déficit crônico para o desejado superávit das contas públicas. Mérito do seu governo que trabalhou para isso", disse ele, dirigindo-se à governadora.

A governadora enfatizou que o trabalho para a chegada ao déficit zero não será abandonado e referiu-se às metas de resultados firmadas com cada um dos secretários estaduais para este ano. "O compromisso número um é manter o déficit zero", reforçou. Yeda disse que, ao pagar dívidas, o Estado transformou cobradores em parceiros. O ministro dos Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água da Holanda, Camiel Eurlings, em visita ao RS, há poucos dias, disse que o Rio Grande do Sul é o primeiro Estado do Brasil para receber investimentos de seu país. Do Banco Mundial (Bird), o governo gaúcho obteve financiamento de US$ 1,1 bilhão para reestruturação da dívida pública.

A operação de venda de ações do Banrisul (sem direito a voto) dobrou o patrimônio do banco. E a relação do Estado com os municípios é outra, com o Banrisul gerenciando folhas de pagamento das prefeituras e o governo executando políticas habitacionais e de saúde. "O Rio Grande do Sul" - afirmou Yeda - "está muito abaixo do potencial que ainda pode atingir. E o teto para o desenvolvimento do Estado é sua capacidade permanente de inovar".