:: Pavan começou a desmoralizar a Assembléia ::

Antes do que se esperava, o deputado Ivar Pavan, do PT, presidente da Assembléia do RS, demonstra que não tem condições de ocupar o cargo. É que Pavan há dois dias comporta-se como chefe de um Partido, o PT, e não como chefe de um dos Poderes da República no Estado. Ele está desmoralizando o Poder Legislativo.

1) na terça-feira, Pavan foi inflexível no horário e constatando que o governo não tinha 28 deputados em plenário, encerrou a reunião sem dar mais do que dois minutos para que os retardários conseguissem chegar a tempo, o que é um procedimento inédito na Assembléia.

2) nesta quarta-feira, além de garantir uma questão de ordem a um deputado que se declarou ausente - embora presente -, o deputado Adão Villaverde, do PT, registrou que novamente não havia quorum e encerrou a sessão.

Nos dois dias, Pavan operou em favor do seu Partido, o PT, contra a maioria. Os deputados registraram tudo e na ocasião oportuna cobrarão a mesma rigidez do presidente.

- O novo presidente da Assembléia também parece disposto a desmoralizar as sessões plenárias, transformando-as em reuniões de indecentes câmaras de vereadores, porque num determinado momento da sessão de quarta-feira a tarde, fez a seguinte concessão para o aparelhado público que vaiava os deputados sem parar: "Peço silêncio durante as manifestações de cada deputado.

Depois que cada um acabar de falar, podem vaiar e aplaudir". Presidente de Poder não pede para que desordeiros desrespeitem os mandatos de deputados, mas obriga-os a respeitar as prerrogativas dos legisladores e toca os bagunceiros para fora das galerias. Só um chefe fraco consegue ser mais fraco do que a fraca gente que o apupa e desmoraliza. Poderes assim comandados, costumam ser destronados pela aplicação de um simples tapa, como fez o general Montagna ao tomar o Forte de Copacabana, no golpe de 64.