Barbosinha: "Yeda é fortíssima candidata à reeleição"
terça-feira, novembro 17, 2009 escrito por: PSDB RS
Confira a seguir o que mais disse Barbosinha:
“Estive poucas vezes no Estado, mas vi coisas que não tinha visto antes. Por exemplo, uma entrevista coletiva com seis procuradores que anunciaram uma ação civil pública, entre outras pessoas, contra a governadora. E, perguntados sobre o motivo, responderam que não podiam dizer, porque é segredo de justiça.
Chama uma coletiva e não pode dizer? Isso na minha terra é comício. E quem leu as 1.200 laudas do caso me disse que tinha base na ação penal, fruto dessa operação Rodin, a Solidária é outra, a do PMDB... Então, descendia da operação no Detran. Foi feito o inquérito pela Polícia Federal, que gerou uma ação penal que está em curso em Santa Maria, perante uma juíza federal de lá. A ação de improbidade teria base nessa Operação Rodin, destacadamente resultado de interceptações telefônicas. Disto se extraía a suposta improbidade administrativa.
Por que a justiça federal está trabalhando com isso? Pelas duas fundações de direito privado (Fatec e Fundae) instituídas pela UFSM, daí sairia a competência. Mas essas fundações têm conselho diretor? Então, o que a universidade tem com isso? O fato do processo é que fundações e seus dirigentes teriam participado de um superfaturamento de serviços públicos. E, da diferença entre o preço normal e o sobrepreço, estaria sendo feito uma distribuição de propina. Mas quem contratou não foi a UFSM. As fundações têm dirigentes, quem praticou os atos foram eles. Só há competência federal quando há bem ou interesse da União. E não há. Então, o processo é nulo.
A ação civil também foi para a justiça federal de Santa Maria. Há um princípio de direito, que regula a isenção do juiz, segundo o qual quem oficia nos fatos considerados criminais não pode oficiar nos fatos considerados civis decorrentes da mesma matriz. Chama-se impedimento. Está na lei. Se é verdade que os fatos da Operação Rodin são os que dão base à ação civil, então o juiz que atua em um não pode atuar em outro. Deve ser declarado impedido. Bom, não pode usar a prova, não é assunto da justiça federal, o juiz está impedido e a governadora apanhando diariamente: assim ela vai ser convertida em Madre Teresa de Calcutá.
JC - Por quê?
Barbosinha - Porque pode virar o fio.
JC - As pesquisas não registram isso.
Desculpe, mas isso é irrelevante, pesquisa é uma fotografia do momento. O que importa é quem vota. E o povo está observando, como eu. Não tem um caso contra ela. "Ah, tem a história de uma casa que ela comprou". Mas foi antes de ser diplomada e ter tomado posse. Se foi, é aquela história da doação não contabilizada: é um delito cuja pena é de multa e que prescreve em dois anos. Falo do ponto de vista jurídico.
JC - E do ponto de vista político?
Barbosinha - Do ponto de vista político e administrativo, poderia mencionar o transporte escolar - havia uma grita dos prefeitos e a governadora regularizou, não tem mais esse problema. A consulta popular... Os prefeitos amam a governadora. Agora leio que ela está fazendo uma proposição - não de dois e meio salários-mínimos, que é uma demanda histórica do Cpers - de três, é R$ 1.500,00. E policiais vão receber aumento.
JC - Essa combinação pode colocá-la no páreo?
Barbosinha - Estou dizendo que de tanto baterem e ela sair da história mostrando que não é assim, as pessoas estão pensando que isso não tem valor. Vão ver se ela está governando direito. E até a oposição admite que está. Tem resultados.
Afirmo que esse governo não está fazendo bravata ao dizer que equilibrou finanças. Isso não se faz há 40 anos. Sabe o que é bom agora para quem quer ser governador? Suceder Yeda. Por quê? Porque vai poder "cuidar da nossa gente". É um ótimo momento. [Yeda] é fortíssima candidata à reeleição. As outras é que são as vias. Se ela vai ganhar ou não é outro jogo.”
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