:: Bloqueadores de celular em presídios ::

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2009 - Dentro de cerca de 90 dias, o sistema carcerário do Rio Grande do Sul contará com um sistema bloqueador de sinais de telefonia de celular em presídios. Oferecido pela estatal chinesa Potevio, cujos representantes estiveram reunidos com a governadora Yeda Crusius nesta quarta-feira (28), no Palácio Piratini, o equipamento já funciona em um presídio de São Paulo, cujo bloqueio do sinal não interrompe a telefonia móvel de áreas adjacentes.

Sem custos para o governo do Estado, que será um demonstrativo dessa tecnologia, juntamente com a Paraíba, trata-se de um investimento da empresa para conferir credibilidade ao sistema. "É absolutamente necessário investir em segurança pública e fico muito satisfeita de podermos ser o segundo Estado a mostrar uma tecnologia de última geração, justamente em um momento em que o Rio Grande do Sul passa a implantar um novo modelo em seu sistema penitenciário", afirmou a governadora.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Edson Goularte, será feito estudo para a escolha do presídio onde o equipamento será testado. Entre as possibilidades está a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, o novo presídio de Caxias do Sul e a penitenciária de Santa Maria. "Todas as alternativas para melhoria do sistema penitenciário são bem-vindas", disse o secretário.

Outras vantagens do equipamento consistem na sua inviolabilidade, no baixo custo de implementação, na possibilidade de atualização para novas tecnologias de telefonia móvel que venham a surgir e no seu monitoramento à distância, por meio de vídeos.

Responsável pelos sistemas de tecnologia da informação do complexo olímpico de Pequim, durante os jogos de 2008, a Potevio representa um grupo de 150 empresas com 40 mil funcionários. O investimento no Rio Grande do Sul é resultante da intermediação do deputado federal gaúcho Cláudio Diaz, membro da CPI do Sistema Carcerário na Câmara, em 2008, que visitou a China em missão parlamentar, em dezembro do ano passado, em busca de soluções para seu controle.

Durante a audiência, também foram tratadas as possibilidades de construção de um presídio de segurança máxima no Estado e de uma linha rodoferroviária, entre Porto Alegre e Pelotas, com investimentos de empresas da China. As obras seriam viabilizadas pelo sistema de Parceria Público-Privadas, já que o Rio Grande do Sul já dispõe de legislação para as PPPs, e o governo, de um comitê específico.

Fonte: Palácio Piratini/RS